O projeto fala de um processo interior gerado por um estado violentado e não na exteriorização dele nem de seu motivador. Tocando em questões pertinentes a vida contemporânea, “Violenta” reflete a imposição que nos é feita na direção do silêncio. Apesar de sermos vítimas permanentes, nos omitimos em nosso direito de voz e veto. Caminhamos camuflando nossas feridas e apesar de procurarmos superar esta sensação, continuamos distantes da paz.
A estrutura do projeto abre espaço pra diferentes visões sobre o mesmo tema. Serão extraídos os pontos de vista dos atores, dos VJ`s e mais tarde, o do público, que toma o lugar dos atores. Neste momento, o público assume o lugar de observador da violência retratada neste ambiente, entre quatro paredes, através da projeção dos vídeos produzidos. Violenta se completa em sua última etapa, pois concretiza a impossibilidade de fuga, sensação que a violência nos transmite em suas mais variadas derivações. Estamos imersos em uma situação para a qual não se vê saída. Violenta propõe uma simulação destes sentimentos através da construção de imagens demonstrativas de nosso estado violentado. As projeções funcionam como espelho desta situação. São confissões e os participantes, por sua vez, testemunhas.
Violenta se propõe a servir como reflexão para buscar uma saída.
Para entrar em Violenta é preciso estar aberto ao diálogo. As nossas feridas sangram, mas a dor que lateja dentro de nós é da incompreensão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário