quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Eu chorei porque...
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Eu sobrei porque...
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Eu sobrei porque...
Sempre sobrei e sobro agora, mais que nunca, porque não fui eu quem escreveu essas frases.
Rosa, a Estela.
http://rosaestela.wordpress.com/
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
terça-feira, 22 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Eu sobrei porque...
domingo, 20 de setembro de 2009
Manifesto sobre a Violência
Eu me violento
Tu me violentas
Sobre a violência o que fica é essa pendência
Do saber que a dor minha é sempre maior em você
Do saber que sou eu quem te fere além do que tu possas prever
Está comigo está guardado
A violência é um presente que te corrige de fato
Toda vez que tu desvias as ruas para não me cumprimentar
Eu começo a usar a violência para sustentar este corpo
Eu começo a usar o corpo para sustentar esta violência
Que diz respeito somente a minha incapacidade de amar
Violência e amor num mesmo gesto
Um é a impossibilidade do outro de ser algo assim tão
Direto
Algo assim tão explicado
Algo assim tão concreto
Violência e amor num só feto
Resta administrar pela pele
A avalanche de sentidos.
Sem o encontro, não pode haver confronto.
Primeiro união, depois desenlace.
Primeiro há construção, depois sua quebra.
Quanto mais se ama mais se mata.
Primeiro nos amamos, depois, nos morremos.
Sábado, 20 de Junho de 2009
fonte: http://lendoarvoreseescrevendofilhos.blogspot.com/2009/06/manifesto-sobre-violencia.html
porque é no gesto da voz que eu abro os poros e nunca cicatrizo o suficiente para resignar-me pleno.
o que ficou disso tudo? talvez mesmo fique a lembrança dos movimentos. eu posso andar em linha reta ereto eterno em sua direção (você é a porta branca amarelada) e seguir dizendo violenta violenta violenta violenta violenta então violenta violenta eu quero ver violente vem violenta furando a homogeneidade com um verbo outro que não seja o violentar, por isso mesmo, com um verbo outro que possa acariciar.
a violência estética. a violência é ética. a violência concreta do corpo que se auto abdomeniza e dói profunda e sua do verbo suar sua constantemente sem parar a dor lá dentro vindo para ser convertida recebida sob forma do grito descontido.
eu acho que as pessoas se violentam porque um homem com uma dor é muito mais elegante. eu preciso poder dizer que está foda tô trabalhando demais sabia que semana passada acordei no hospital. isso é desculpa subterfúgio - pode nem ser - mas eu dissimulo e sofro muito diante de você. as pessoas se vitimizam. essa é a maior conclusão (conclusões são sempre precipitadas).
eu sigo. o cinzeiro parado no centro da sala me olha por inteiro. estou exposto, eu sei, cada vez mais, não ligo, nesse estado de quem apanha não há nada secreto exceto o íntimo. por isso eu me digo e posso querer por uns segundos quem sabe calar. quem é você para me desvendar? para não detonar o jogo eu te olho - olho-o todo - e sigo dizendo pelas pupilas o que minha boca (ensanguentada) é incapaz de dizer. porque talvez dar forma seja o mesmo que matar fazer morrer.
eu persisto no caminho traçado. tenho um objetivo, uma raia, uma rede - possível de se arrebentar. eu arrebento eu irrompo eu giro eu não sou apenas eu eu tenho em mim outros, outras mulheres que não eu somente outros homens que não sou esse, indigente. eu tento eu percebo que se ela cai eu devo te olhar mas te olho porque?
porque no meio do caminho tinha uma gentileza. tinha uma pedra no meio do meu choro porque eu choro eu choro porque eu choro? perguntas são palíndromos? certas perguntas são elas mesmas respostas. certos enigmas persistem e viram enigmas-obras.
não posso te desvelar por inteiro. não consigo. isso seria o mesmo que te violentar. e quem dera o sangue fosse o nosso problema o nosso indício de que - sim - passamos do limite.
falar do que me violenta, percebo agora, é uma maneira genuína de hidratar a pele ao horror do dia-a-dia. é o mesmo que acostumar os pêlos ao seu sobreerguer, ser em sobresaltos. comprende, amado? falar sobre o que me violenta me ajuda a ser mais forte, a criar antídotos, mas não me ajuda a resignar. porque é no gesto da voz que eu abro os poros e nunca cicatrizo o suficiente para resignar-me pleno. nunca o suficiente para sentir-me completo,
já que tudo que se completa, deseja morrer.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Garry Hill video art - imperdível
http://www.youtube.com/watch?v=DnuHVAlpY2I
is important there we go on...
e-mail Diogo
"falo daquilo que me tira o sono"
e é a verdade sobre o que me violenta
a violência está no incompreenssível
arte, amor, vida, morte
por isso está presente dessa forma
pois sempre o que sabemos é pouco
sempre é pouco
violenta
entre quatro paredes
é mais violência
porque é íntimo é dentro
é para poucos
aumenta o tormento
pq depois ninguém vai saber
que horror é esse pregado no olhar de quem violentado foi
ninguém vai saber