mas inda sim cheio de palavras. ele pegou a caneta. não. não foi o teclado. foi a caneta. ele a pegou. meio que se olharam. de lado, sempre de lado. viram um no outro aquilo que potente ainda eram incapazes de descrever. ela não tinha palavras para ele, ele não saberia as dizer. nem pela boca nem pelo gesto nem pelo toque. olharam-se demoradamente. avaliavam no outro o destino de suas sortes. e ai, perceberam. que a falta do nome os arruinaria. não saberiam ser em ponto final. não saberiam. optaram, naquele dia, porém, por brincarem de ser em ponto. ser sem sequência. de ser apenas brincaram. e desde então se perderam. um do outro. um no outro. e agora o tempo enovela os segundos. e soa como tiro o bater das horas.
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